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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Agronegócio argentino: corrida contra o tempo

      
  
    Fazer comparações com a Argentina é o grande esporte dos brasileiros. O agronegócio não escapa a esse "método de avaliação" popular. Ressalvas sejam feitas às peculiaridades locais (clima, tipo de produtos principais, área disponível para expansão, infra-estrutura), Brasil e Argentina são potências do agro e grandes exportadores mundiais do setor.
  
    Cristina Kirchner adotou políticas agrícolas diferentes das do Brasil. A política econômica de Buenos Aires se baseia num crescimento para dentro, heterodoxo, lastreado somente na demanda interna. A economia cresceu, mas o consumo de alimentos amentou mais do que a produção. As exportações foram desviadas, para evitar o desabastecimento. Foram impostas medidas drásticas, provocando a fúria dos produtores rurais. Os bloqueios de estradas (foto), organizados pelos ruralistas, se tornaram o símbolo do conflito.
  
    Além do consumo interno, a política platina tem se baseado na estratégia de agregação de valor através da agroindústria. O trigo argentino que antes inundava os moinhos brasileiros a preços baixos, agora só sai de lá transformado em farinha. Ruim para os barões da moagem "brasileira" e bom para os nossos produtores de trigo. Os feedlots (confinamentos), e a avicultura são as grandes estrelas do novo agro argentino. A produção de grãos, porém, não caminha no mesmo passo e vai ficando para trás. E alguns setores dinâmicos do agro estão se expandindo à custa de subsídios.

    A opção argentina é arriscada. Se investimentos não forem realizados a tempo, o país pode passar de grande exportador de alimentos a eventual importador. É uma corrida contra o tempo. Ademais, os rendimentos auferidos pela base de produção como soja, trigo e milho não têm sido animadores, o que não estimula inversões. Eles criaram a "anti-lei Kandir". Essa experiência de agregação de valor "na marra", desviando ganhos do setor primário para a agroindústria, apresentou enormes deficiências no Brasil e impediu o avanço de nossa produção por décadas.

   As condições que levaram a Argentina a adotar esse tipo de política são diferentes das do Brasil. Lá a economia interna estava num ritmo ainda mais aquecido e as áreas disponíveis para expansão agrícola, praticamente esgotadas. De forma distinta, o nosso modelo para agregar valor está ligado aos esforços de criação de empresas fortes no setor agroindustrial, os chamados "campeões nacionais". Aceitamos a reforma imposta pela lei Kandir como um fato consumado, que trouxe tanto pontos positivos como negativos. E diante dessa realidade, trabalhamos para que a agroindústria alcance o salto dado pela agropecuária.
  
    Difícil dizer quem está certo. Talvez cada país esteja usando políticas adequadas a sua realidade momentânea. O Brasil tem um grande de banco de investimentos, o BNDES, para lastrear seu suporte a construção de empresas sólidas como a Brazil Foods (junção de Sadia e Perdigão). A Argentina, por sua vez, está lutando contra o desabastecimento, aceitando a desustruturação temporária da agricultura como  um preço a se pagar para aquecer a economia. Se tudo de certo, esperam retomar os investimentos no agro, e continuar exportando, então com maior valor agregado.
  
     A única certeza que temos, porém, é que um Mercosul forte é bom para todos os parceiros. Oxalá Brasil e Argentina estejam acertando o alvo mesmo trilhando caminhos diferentes! Afinal, além do câmbio, o agronegócio gera empregos e estimula a economia de todo o Cone Sul. Quem sabe o novo sócio do bloco, a Venezuela, não invista alguns de seus dólares, atualmente sem liquidez, no agro argentino? Iria ser uma grande ajuda nessa corrida argentina contra o tempo. É esperar pra ver...
    

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Hidrelétricas: compatibilizando políticas públicas

   Ficheiro:Usina de Tucuruí.jpg
  
  
    Foi-se o tempo no qual os tecnocratas tudo decidiam sem consultar ninguém. Naquela época, grandes complexos hidrelétricos foram erguidos para gerar a energia necessária ao crescimento do país. Infelizmente, o custo também foi alto: famílias deslocadas sem a devida realocação, áreas com assoreamento intenso, e a perda da continuidade de áreas navegáveis.

    Navegabilidade é uma questão relevante para a competitividade agrícola. A logística é um importante componente de custo dos produtos agrícolas e o modal hidroviário - quando existente - tem custos inferiores ao rodoviário, este último ainda predominante no Brasil. Porém, quando hidréletricas são construídas,  barram a navegação. As políticas para a energia são implementadas, mas prejudicando uma série de políticas articuladas para a agricultura.
  
    É verdade que na maioria dos rios onde foram construídas as usinas, a navegabilidade inicial era pequena. Mas após a construção ela torna-se viável, e aí se vê barrada no nascedouro. A saída: construir eclusas. As eclusas quando projetadas e construídas junto com as usinas são mais funcionais e têm custos bem inferiores. Depois de pronta a barragem, as eclusas ficam praticamente inviáveis, por seu custo e pela dificuldade de seu financiamento.
  
     Diante dessa situação, a equipe de logística agroindustrial do ministério da agricultura passou a defender a construção das eclusas concomitantemente às barragens. A secretaria de assuntos estratégicos concorda com a posição, e engrossou a advocacy coalition das eclusas. Universidades e grupos de pesquisa, como o   Esalq-log, há muito advogam redução dos custos de transporte. Espera-se que com a adesão da ANTAQ, de governadores, deputados, representantes de cooperativas, tradings, sindicatos rurais e entidades nacionais (CNA e OCB) essa coalizão consiga reverter a hegemonia do lobby da energia. O antigo projeto de lei do deputado Beto Albuquerque obrigando a construção de eclusas parece ganhar a cada dia um novo apoio.
  
    A geração de eletricidade certamente continuará sendo prioridade. Ninguém quer negar. O que se espera é a compatibilização das políticas energéticas com as políticas de transporte e agricultura. Uma solução negociada para que o país, além de garantir a energia necessária ao seu desenvolvimento, possa também aumentar a competitividade do agronegócio, gerando divisas externas, renda e empregos. Quer se evitar uma nova Tucuruí, na qual a barragem foi concluída em 1984 e até hoje a eclusa não ficou pronta. Os legisladores estão fazendo sua parte na compatibilização das políticas públicas, levando adiante o PL 3009/97. Espera-se que sua aprovação, e conversão em lei, não saia tarde demais.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Embrapa: o Estado como solução

      
  
  
    Peter Evans, em seus estudos, analisou a relação Estado e desenvolvimento. Chegou a conclusão de que o Estado pode ser tanto problema como solução. E cunhou a expressão "autonomia inserida". Quer dizer que um corpo burocrático é ao mesmo tempo insulado para desenvolver projetos técnicos e conectado o bastante para discernir os anseios da sociedade e buscar apoio relevante. As disfunções são a burocracia capturada ou o Estado como predador da sociedade. Seu anti-exemplo é o Zaire, onde os governantes , na era Mobutu, destruíram o país para aumentar seus ganhos. Seu exemplo, a Coréia do Sul, onde o planejamento estatal criou prosperidade nacional. Brasil e Índia ficam no meio: apresentam bons e maus exemplos.

  A Embrapa deveria ser incluída em qualquer estudo desta natureza como o benchmark do Brasil. Existem outros institutos de pesquisa agropecuária bem sucedidos no mundo. Mas a Embrapa mudou radicalmente o desempenho da pesquisa no Brasil desde 1973. Antes dela um pequeno departamento no Ministério da Agricultura sem nenhum empoderamento e altamente permeável não conseguia articular, dar organicidade e mobilizar recursos para os esparsos centros de pesquisa agropecuários isolados Brasil afora. Os resultados eram pífios. Depois dela, conseguimos transformar o cerrado em um grande polo de produção e nos tornamos referência mundial em agricultura tropical.

    Grande parte do sucesso se deveu a capacidade da Embrapa em recrutar um execelente corpo técnico, aperfeiçoar sua formação e blindar a organização das lutas políticas externas. A meritocracia se tornou a regra. Até o presidente da empresa é escolhido por processo aberto onde suas credenciais técnicas devem ser expostas. Como consegue mostrar resultados, inclusive investindo em comunicação social, garante apoio político relevante para seus projetos. Ganhou até mesmo o PAC Embrapa: recursos fartos para serem aplicados em tecnologia agropecuária.
  
    Os recrutados como primeiros pesquisadores da Embrapa, nos anos 70, haviam estudado nas mesmas renomadas faculdades de agronomia que os futuros articuladores do agronegócio do Brasil. Assim foram abertas as portas para escutar as necessidades do setor. Redes de relacionamento foram formadas. A empresa despachou a maioria deles para doutorados em universidades prestigiadas mundo afora, o que proporcionou acesso ao estado da arte nas tecnologias críticas. Ademais, o modelo tecnocrático, vigente nos anos do milagre econômico, garantiu recursos nos diversos centros de pesquisa, dando prestígio ao pesquisador.
  
    Com a democratização a instituição precisou se renovar. Resistiu aos assédios de um ensaio de partidarização durante os anos 80. Sobreviveu, por pouco, ao desmonte do Estado promovido na era Collor. Renasceu, e se reinventou para continuar a ter sucesso. Hoje, ouve as necessidades de seu público através de canais institucionalizados de participação como os Comitês Assessores Externos - CAEs. Conseguiu equacionar a questão da propriedade intelectual, inclusive com a criação de joint ventures com a iniciativa privada e licenciamento tecnológico. Seus recursos conseguem ser canalizados para suas prioridades através de competição interna para participação nos projetos principais, fazendo com que o que foi definido como estratégico seja realmente tratado desta forma. Seu sucesso chega a criar assédio de países que desejam receber unidades da Embrapa, como demonstrou a inauguração, por Lula, de um escritório em Gana.
  
    Obviamente nem tudo são flores. Os salários atuais, embora atrativos, não são competitivos o suficiente para segurar na instituição talentos assediados por empresas multinacionais líderes em seus setores. Mesmo assim a Embrapa segue adiante, sabendo deixar de lado o que já não é mais o seu foco, e canalizando esforços para as questões críticas da agricultura brasileira. O bastão está aos poucos sendo passado para a nova geração. O Brasil espera deles o mesmo sucesso, ou até mesmo maior do que seus brilhantes antecessores. Enquanto isso, a Embrapa pode ser vista como um modelo de institucionalização positiva a ser seguido dentro da burocracia. Uma prova de que um Estado com boa gestão de políticas públicas é capaz de articular a sociedade para o desenvolvimento. As nossas super-safras estão aí para provar.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Energia elétrica da cana-de-açúcar

     

    No princípio era o açúcar. Com o proálcool, nos anos 70, os canaviais passaram a ser, também, fonte de combustível. Hoje, enquanto o mundo inteiro tenta seguir os passos do etanol, há uma grande transformação em curso no Brasil: as usinas de açúcar e álcool estão se transformando em fontes de energia elétrica.
   
   No Brasil colônia, para fazer açúcar os colonos queimavam madeira para aqueçer o caldo de cana. Destruíram muitas florestas. Os holandeses, quando foram expulsos, plantaram cana no caribe. Como não tinham madeira, tiveram a idéia de queimar o bagaço da cana. Deu certo. Hoje qualquer usina, usa a mesma tecnologia.  
   
   Há usinas, no Brasil, que além de queimarem o bagaço para esquentar o caldo da cana, aproveitam esse calor da queima para movimentar turbinas a vapor que geram energia elétrica. A produção de eletricidade é tanta, que já conseguem vender as sobras para a rede elétrica. Em vez de consumidoras, as usinas, são agora produtoras.
   
   Só o potencial do bagaço (fibras da cana), que era considerado resíduo, é respeitável. Porém, estudos recentes mostram que a palha da cana, juntamente com outros resíduos de campo, conjunto chamado de palhiço, tem um potencial ainda maior. O palhiço normalmente é queimado no campo, para facilitar a colheita. Com o avanço da mecanização, que não queima a cana, esse palhiço está ficando disponível. 
   
   Estimativas indicam que o potencial de bagaço mais palhiço é suficiente para suprir o equivalente a uma Itaipú na época das secas. É uma fonte de energia, que além de não gerar mais carbono do que sequestra, é confiável e está disponível justamente na época em que as hidrelétricas ficam em risco. Ou seja, é um opção ideal para a diversificação da eletricidade nacional.
   
   Com o boom de usinas construídas nos últimos três anos, prevendo aumento na demanda mundial de etanol, as possibilidades se multiplicaram. A grande maioria, delas, contudo, só possui cogeração para uso próprio. Não investiram em equipamentos prevendo vender eletricidade, como fazem algumas empresas do setor no Estado de São Paulo. 
   
   O potencial está aberto. Um grande número de usinas comporta novas unidades de cogeração. A mecanização da colheita da cana-de-açúcar está aumentando a disponibilidade de matéria-prima. O que falta ainda, são os ajustes para integrar as políticas públicas para o setor. Uma política com maior organicidade vai facilitar a transformação das usinas de açúcar e álcool em verdadeiras usinas de energia. 
   

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A maldição do milho



   
   O Brasil precisa de milho. É o aço do nosso agronegócio, matéria-prima básica da cadeia de produção. Frango, ovos, suínos, leite: todos estes usam o cereal. Sustentam milhares de agricultores familiares e agregam renda ao desenvolvimento rural. Sem milho não há muçarela, peito de frango, presunto, iogurte, e não há grandes exportações de carne. Se não exportamos tanto milho é porque agregamos valor e exportamos carne de aves e de suíno.
   
  A produção de milho no país é crescente. Houve época em que o Brasil importou, pois a antiga política industrial de agregação de valor foi implementada de forma equivocada, fazendo com que o produtor não se animasse a plantar e a se tecnificar. Hoje, depois da liberalização dos anos 90, até exporta. Mas as condições ainda são bem delicadas: falta espaço para armazenar, a rentabilidade em regiões distantes é baixa, e a liquidez na venda menor que a da soja.
     
   Milho e soja são bens substitutos na produção. Em geral, usam a mesma terra, a mesma maquinaria, o mesmo tipo de insumos. A soja vale mais por saca (hoje: soja R$ 47,00/sc e milho R$ 19,00/sc). Na hora de armazenar, estocar soja parece ser mais negócio. Digamos que o custo de armazenagem por saca seja de R$ 5,00. Neste caso, aumenta o custo em 12% na soja, mas, mais de 25% no milho. O milho não consegue competir por armazém, e quando entra a safrinha então, já não resta mais nenhum espaço.
   
   A distância dos centros e dos portos também pesa mais para o milho. Vale o mesmo raciocínio anterior: o frete impacta mais os produtos com menor valor por quilo. Enquanto a soja pode ir mais distante, o milho fica limitado a regiões com melhor logística. Plantar milho em Ponta Grossa, PR não é mau negócio, já em Vilhena, RO, fica difícil. O problema é que mesmo nas regiões distantes o milho frequentemente é a única opção de rotação para a soja, e o agricultor fica numa situação complicada.
   
   Na hora de vender um outro tormento! Soja tem mercado líquido: em qualquer praça tem negociante dando preço todo dia. Pode não ser um bom preço, mas tem sempre comprador. Já no milho falta liquidez. Se não for negociado antecipadamente, corre o risco de ficar encalhado, por falta de comprador spot
  
    A causa não está perdida. O agricultor resiste. Políticas públicas, como prêmio para escoamento, são implementadas. Estudos sobre transporte e armazenagem subsidiam as deciões de logística. Linhas de crédito para armazéns aumentam a capacidade de estoques. Contratos de garantia de compra são ofertados pelas grandes integradoras como Sadia e Perdigão. Novos abatedouros são implantados no centro-oeste. O agricultor improvisa armazém com os silobags
    
    Todos estes esforços garantem que a produção não recue. O Brasil é resiliente, consegue até mesmo ampliar sua fatia no mercado internacional. O custo, porém, é a tendência de descrença do produtor no cereal amarelo. O milho vai ficando em segundo plano: a soja tem um brilho mais reluzente que ofusca as amarguras do grão asteca.   

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O seguro e o fundo de catástrofe




  O seguro rural precisa deslanchar. Afinal, agricultura é atividade de risco, exposta a secas, granizo, enxurradas. Se o agricultor ficar devendo por causa de quebra de safra, mesmo que tenha condições de pagar no médio prazo, no curto ninguém dá crédito. Ou seja, já está falido. Todo mundo perde: alguém com know-how e capacidade de plantar fica com máquinas paradas. Empregos no setor de insumos e na indústria de alimentos são ameaçados, e as divisas externas caem para abaixo do potencial.
           
  Mas, cada risco é um risco diferente. Seguro de automóvel é simples: você paga um prêmio todo o ano, e os  acidentes que ocorrem com uns poucos são pagos com parte do prêmio recebido de todos. O que sobra é lucro da seguradora e pagamento dos custos operacionais. O número de acidentes é mais ou menos estável, dificilmente o valor arrecadado fica abaixo dos pagamentos por sinistro.
  
seguro rural é mais complexo. Quando há seca grave, o valor dos pagamentos excede em muito o valor recebido pelas apólices. Se uma seguradora tiver uma carteira concentrada no rural, pode quebrar, e aí não paga ninguém. Por isso, os limites que elas podem assegurar ainda são tão baixos. Saída: transferir risco. É o que faz o modelo norte-americano, o modelo espanhol e muitos outros.
    
 No Brasil estamos tentando criar o Fundo de Catástrofe para o seguro rural. A idéia é simples: cada seguradora coloca um pouco todo ano, o governo e a indústria colaboram, e quando houver uma catástrofe, como uma seca, parte das indenizações serão pagas com recursos do fundo. Ninguém quebra, e o risco é diluído ao longo dos anos.
 
 Mas há dificuldades. O antigo Fundo de Estabilização (FESR), ainda em vigor, é um fracasso. Seguradoras eficientes pagam pelas ineficientes. Ninguém quer participar. É preciso evitar que isso se repita. Falta, também, saber qual será a proporção entre recursos públicos e privados, uma vez que até o Ministério da Fazenda deu seu aval ao projeto, acreditando que diminuirá a avalanche de dívidas rurais contraídas por falta de um bom seguro. Os valores estimados, no entanto, ainda estão abaixo do desejado pelo setor.
 
 E at last but not least, fica a questão de quais situações poderão dar causa a uso dos recursos do fundo. Se qualquer evento climático der causa, o fundo quebra. Se for inacessível, o fundo será inútil. Está posto o desafio de definir precisamente o que é castástrofe. Um perigo parece estar afastado: que políticos usem o fundo para beneficiar suas regiões eleitorais em detrimento dos outros segurados. A administração deve ficar com técnicos das seguradoras e resseguradoras. Mas definir quando e porque usar o fundo ainda é uma grande icógnita.
 
 Diante de um aparente impasse, uma solução sábia do Deputado Micheletto: convocar audiências públicas. Isso mesmo, democracia direta, onde cada um diz o que pensa e quais são seus legítimos interesses. Da discussão, nasce a solução... e a mobilização. Quem sabe envolvendo os agricultores, objetos - e agora sujeitos da política pública-, não nasça um acordo eficaz. Vamos torcer pelo sucesso!