Esse
grão está fazendo sucesso em todo o Brasil. Não só aqui, mas no mundo todo,
adeptos de dietas saudáveis estão comprando a quinoa. É um mercado que não para
de crescer para um produto cujo consumo antes se restringia somente aos países
andinos como Bolívia e Peru, de onde é originária. Com esse mercado garantido
no Brasil, ainda importamos o produto para nos abastecer.
Ocorre que a mesma quinoa (ou quinua) está em alta entre os
adeptos da boa forma breve estará popular também entre os agricultores. Isso
porque, muito antes dessa popularização, a Embrapa Cerrados – que busca
alternativas de produção para os agricultores – adaptava essa planta para nosso
país. E assim conseguiu ter uma variedade de alto rendimento chamada BRS
Peabiru.
A quinoa pode ser encaixar como alternativa para a rotação de
culturas no Brasil Central. Embora sabidamente necessária, nem sempre é praticada
devido a pouca disponibilidade de espécies economicamente viáveis e que se
encaixem no sistema de produção. A quinoa parece ser uma alternativa a ser
explorada, principalmente por ser de uma família diferente das gramíneas e das
leguminosas (na verdade um quenopodiácea, próxima do espinafre). Rotação com
plantas de famílias diferentes tendem a diminuir as pragas em comum.
Seu cultivo ainda não decolou, mas mostra grande potencial. A
organização da cadeia produtiva pode ser feita por alguma cooperativa que
organize contratos com atacadistas do produto. Será um começo. Se der certo, o
Brasil vai se tornar um grande fornecedor do produto para o mundo. A cultivar
adaptada a Embrapa já tem, e o ambiente é propício. O caminho está aberto.